O espaço de uso coletivo nas áreas urbanas de génese ilegal - Estudo comparativo de formas de diminuir a segregação espacial em augi portuguesas e nas favelas do Rio De Janeiro
DOI:
https://doi.org/10.46814/lajdv3n2-036Keywords:
AUGI, casa própria, apropriação do espaço público, Favela-Bairro, Morar CariocaAbstract
Neste artigo, pretende-se estudar a relação dos habitantes de áreas de génese ilegal em Lisboa com o espaço público e privado, a fim de estabelecer diretrizes para intervenções nestas áreas. A primeira parte da pesquisa prende-se com a caracterização genérica do fenómeno das Áreas Urbanas de Génese Ilegal em Lisboa (AUGIs). Posto isto, procura-se entender qual o papel da casa nas necessidades sociais e culturais, em contraponto ao papel do espaço público coletivo, e a que necessidades devem estes dois tipos de espaços dar resposta. Conhecidas as realidades do lugar, desenvolve-se o estudo de um caso de referência relativo às favelas do Rio de Janeiro por se tratar de um caso extremo de segregação espacial e que, por isso, já foi olhado de várias formas e sobre o qual já foram feitas algumas experiências com diferentes programas postos em prática. A relação do poder público com as favelas já passou por várias fases, desde projectos de demolição até ao entendimento da cidade como um sistema diversificado do qual a favela é uma parte diferente de todas as outras, com particularidades únicas, e com um enorme potencial cultural.