Em algum lugar do passado, onde identitarismo e romantismo se encontram

Authors

  • André Marenco

DOI:

https://doi.org/10.46814/lajdv5n2-024

Keywords:

identitatismo, decolonial, igualdade de oportunidades, iluminismo, racionalismo

Abstract

O texto procura dissecar as concepções associadas ao "identitarismo" e suas consequências para a consolidação de uma teoria de justiça como equidade. Aponta as conexões entre identitarismo e o romantismo conservador e procura demonstrar como suas implicações terminam por comprometer os esforços no sentido de construir uma coalizão em torno de agenda inclusiva e pró-igualdade de oportunidades. Conclui reforçando afinidades eletivas com tradição iluminista e racionalista, raiz de conquistas civilizatórias como cidadania, direitos e igualdade.

References

Bernard Manin, The Principles of Representative Government. Cambridge University Press, 1997. DOI: https://doi.org/10.1017/CBO9780511659935

Albert Hirshmann, A retórica da intransigência: perversidade, futilidade, ameaça. São Paulo, Cia. Das Letras, 1992.

Giovanni Sartori, A teoria da democracia revisitada. São Paulo, Ática, 1994.

TAYLOR, Charles Taylor, ‘Alternative futures’: legitimacy, identity and alienation in late 20th century Canada’, in Constitucionalism, Citizenship and Society in Canada. Toronto: University of Toronto Press, 1986; Michael Sandel. Liberalism and the Limits of Justice. Cambridge University Press, Cambridge, 1982.

Mark Lilla, La gauche identitaire.L’Amerique en miettes. Paris, Strock, 2017.

Simon Susen, The ‘postmodern turn’ in social sciences. Basingstoke, Palgrave Macmillan, 2015. DOI: https://doi.org/10.1057/9781137318237

Natalie Heinich, Oser l’universalisme contre le communautarisme. Paris, Le bord de l’eau, 2021.

A letter on justice and open debate. Harper’s Magazine, July 7, 2020. https://harpers.org/a-letter-on-justice-and-open-debate/ acessado em 17 outubro 2021; Yasha Monk. Espaço para o que pode ser tolerado encolheu com rapidez estarrecedora Folha de S. Paulo, 19 de outubro 2021, https://www1.folha.uol.com.br/colunas/yascha-mounk/2021/10/espaco-para-o-que-pode-ser-tolerado-encolheu-com-rapidez-estarrecedora.shtml, acessado em 19 outubro 2021.

IBGE, Desigualdades sociais por raça ou cor no Brasil, Estudos e Pesquisas. Informação demográfica e sócioeconômica, https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101681_informativo.pdf , acesso em 17 outubro 2021.

João Feres Jr. Comparando justificações das políticas de ação afirmativa: Estados Unidos e Brasil. GEMAA, http://www.achegas.net/numero/30/joao_feres_30.pdf, acesso em 17 de outubro de 2021.

O filósofo Giorgio Agamben publica artigo, em fevereiro de 2020, referindo-se à “invenção da epidemia”, produto da biotanatopolítica praticada pelos Estados modernos desde o século XVIII: “Frente a las medidas de emergencia frenéticas, irracionales y completamente injustificadas para una supuesta epidemia debido al coronavirus, es necesario partir de las declaraciones de la CNR, según las cuales no sólo “no hay ninguna epidemia de SARS-CoV2 en Italia”, sino que de todos modos “la infección, según los datos epidemiológicos disponibles hoy en día sobre decenas de miles de casos, provoca síntomas leves/moderados (una especie de gripe) en el 80-90% de los casos” (...) Si esta es la situación real, ¿por qué los medios de comunicación y las autoridades se esfuerzan por difundir un clima de pánico, provocando un verdadero estado de excepción, con graves limitaciones de los movimientos y uma suspensión del funcionamiento normal de las condiciones de vida y de trabajo en regiones enteras? (...) Así, en un círculo vicioso perverso, la limitación de la libertad impuesta por los gobiernos es aceptada en nombre de um deseo de seguridad que ha sido inducido por los mismos gobiernos que ahora intervienen para satisfacerla.” Giorgio Agamben, La invención de uma epidemia. IN: VVAA. A sopa de Wuhan, Piensamiento contemporáneo en tiempos de epidemia. Ed. Aspo, 2020. Publicado originalmente em 26 de fevereiro de 2020, em quodlibet.it

Naércio Menezes-Filho, A Educação e Desigualdade In: Lisboa e Menezes-Filho (Eds.) Microeconomia e Sociedade no Brasil. Rio de Janeiro: Contracapa Livraria, 2001, p. 13-45.

(o romantismo) est la protestation culturelle contre la civilisation capitaliste occidentale moderne au nom de certaines valeurs du passé. Le romantisme proteste contre la mécanisation, la rationalisation abstraite, la réification, la dissolution des liens communautaires et la quantification des rapports sociaux. Cette critique se fait au nom de valeurs sociales, morales ou culturelles prémodernes, ou précapitalistes. Si le romantisme s’affirme comme une forme de sensibilité profondément empreinte de nostalgie, ce n’est pas pour autant qu’il refuse de penser ce qui fait le propre de la modernité : d’une certaine façon on peut même le considérer comme une forme d’autocritique culturelle de la modernité, qui continue, jusqu'à nos jours, à être une des principales structures-de-sensibilité de la culture moderne. Michael Lowy, Rousseau et le romantisme. Mediapart, https://blogs.mediapart.fr/michael-lowy/blog/050512/rousseau-et-le-romantisme, acesso em 17 outubro 2021. Ver ainda: Michael Löwy et Robert Sayre, Révolte et Mélancolie. Le romantisme à contre-courant de la modernité, Payot, Paris, l992.

Leon Trotsky, Literatura e revolução, São Paulo, Zahar, 2007.

Theodore Lowi, Arenas of power: Reflections on Politics and Policy. London, Boulder, 2009.

Gösta Esping-Andersen, The Three Worlds of Welfare Capitalism. Princeton University Press, 1990. DOI: https://doi.org/10.1177/095892879100100108

Mark Lilla. The End of Identity Liberalism. The New York Times, november 18, 2016, page sr1.

Downloads

Published

2023-11-16

How to Cite

MARENCO, A. Em algum lugar do passado, onde identitarismo e romantismo se encontram. Latin American Journal of Development, [S. l.], v. 5, n. 2, p. 793–803, 2023. DOI: 10.46814/lajdv5n2-024. Disponível em: https://ojs.latinamericanpublicacoes.com.br/ojs/index.php/jdev/article/view/1453. Acesso em: 6 dec. 2023.
<br data-mce-bogus="1"> <br data-mce-bogus="1">