Pós covid-19: as sequelas deixadas pelo Sars-Cov-2 e o impacto na vida das pessoas acometidas
DOI:
https://doi.org/10.46919/archv2n3-021Keywords:
SARS-CoV-2, . COVID-19, Sequelas, ReabilitaçãoAbstract
Por meio da sua facilidade de transmissão e altas taxas de mortalidade, o SARS-CoV-2 até 2021 já infectou mais de 15 milhões de brasileiros. Além do período de incubação e manifestação dos sinais clínicos, a COVID-19 acarreta em muito mais sofrimento pela permanência de sequelas que retardam esse quadro, causando infecção multissistêmica pelo acometimento de tecidos vitais como o cardiológico, muscular, neurológico e psicológico. Sendo necessário o manejo por meio da reabilitação que tem por finalidade proporcionar a reversão e melhora funcional, física e emocional dos acometidos. O presente estudo teve por objetivo investigar as principais sequelas acarretadas pela COVID-19 nos pacientes em reabilitação, bem como a análise do impacto na qualidade de vida e bem-estar desses indivíduos. Com relação aos aspectos metodológicos, trata-se de uma revisão bibliográfica sistemática em que foram realizadas buscas na literatura e selecionados 26 estudos que atendiam os critérios de inclusão, por meio das bases de dados do Google Acadêmico, SciELO e PubMed publicados no período de 2020 a 2021, nos idiomas português e inglês. Mediante análise do material encontrado, as afecções referentes ao sistema pulmonar são as mais evidentes por representar o órgão alvo do vírus, comumente desencadeando sintomas como dispneia, fadiga e em quadros clínicos mais graves a fibrose pulmonar. O acometimento cardiovascular resulta em lesão cardíaca aguda, miocardite, inflamação vascular e arritmias cardíacas, enquanto que as disfunções olfativas e gustativas pertinentes ao sistema neurológico são amplamente relatadas. As sequelas musculoesqueléticas envolvem fraqueza ocasionada pela sarcopenia e perda de força muscular em resposta a infecção viral, imobilidade e nutrição insuficiente. O abalo psicológico e emocional surgem em decorrência do processo de isolamento social além do medo pelo potencial risco de morte, deteriorando a saúde mental desses indivíduos pela ansiedade, depressão e estresse pós-traumático. A reabilitação exige atuação de uma equipe multidisciplinar por medidas fisioterapêuticas que possibilitem a reintegração social do indivíduo e considerável melhora em sua qualidade de vida de forma independente. Portanto, é nítida a necessidade da continua produção cientifica de múltiplas perspectivas sobre temáticas referentes à COVID-19, sobretudo pela sua constante evolução.